Arquiteta cria casa comunitária toda feita com portas e janelas reaproveitadas

Abrigo instalado em cidade holandesa pretende ressignificar a percepção do espaço público

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postado em 24/10/2014 13:35 / atualizado em 24/10/2014 13:52 Joana Gontijo /Lugar Certo
Stephane Malka/Divulgação
Repensar sobre a propriedade privada e como isso interfere no usufruto do espaço urbano público, estendendo a função das áreas comuns, ao mesmo tempo em que surge a reflexão sobre os padrões construtivos e o novo aproveitamento do que é descartado. Especialista em criar projetos sustentáveis, a arquiteta francesa Stephane Malka se baseou nesses conceitos para apresentar um abrigo popular erguido com portas e janelas reutilizadas, na Holanda.

Instalada em uma praça da cidade de Heerlen, a Bow House, como foi nomeada, é uma casa comunitária aberta para qualquer pessoa. Sem ambientes claramente delimitados, a proposta é ser uma unidade livre de habitação que pode ser aproveitada das mais diferentes maneiras. Exibindo em toda a estrutura uma quantidade de portas e janelas encontradas entre resíduos de reformas e demolições, a morada quer ser uma continuidade do espaço comum.


Para a autora do projeto, reinterpretar a cidade é algo necessário – como inteligência e respeito ambiental, essa afirmativa ganha um sentido ainda melhor. A região selecionada para a obra é um local praticamente abandonado. A ideia revitalizou a praça e, confirmando com mais ênfase o espírito comunitário da proposta, a arquiteta optou pelo grafite para a ambientação. Pelo site oficial, Stephane esclarece que esta não é uma casa móvel, mas mesmo assim se mostra totalmente flexível e sem nenhum tipo de custo para quem deseja se beneficiar dela.
Stephane Malka/Divulgação
A Bow House leva para zonas negligenciadas um tom de espontaneidade, da mesma forma que se mostra um espaço útil e convidativo. As variações de formato e tamanho das portas e janelas conferem um visual singular, que a inventora compara a uma colcha de retalhos. A construção joga com a percepção convencional de arquitetura e moradia, já que as portas não exercem sua função normal. As aberturas na verdade servem para convocar todos a entrar, participar e desfrutar da estrutura completa, sem barreiras ou travas.
Stephane Malka/Divulgação
Stephane Malka/Divulgação

Tags: sustentabilidade

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