Bancos diminuem taxas do financiamento de imóveis no país

A expectativa é que ocorram novas baixas até o fim deste ano

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postado em 12/08/2017 22:00 / atualizado em 12/08/2017 22:05 Hamilton Ferrari
Analistas acreditam que o mercado imobiliário crescerá até 14% em 2017 - Breno Fortes/CB/D.A Press Analistas acreditam que o mercado imobiliário crescerá até 14% em 2017
Depois que o Banco Central decidiu reduzir a Selic para 9,25%, as principais instituições financeiras baixaram os juros para o crédito imobiliário. As taxas do Sistema de Financiamento de Habitação (SFH), que é o mais utilizado, variam entre 9,33% e 11,40% ao ano. Um analista do setor espera que o índice caia ainda mais até dezembro e chegue a um patamar médio de 8% ao ano.

O último banco a anunciar a redução foi o Itaú, que baixou de 10,5% para 10,1% ao ano. O Santander também diminuiu para 9,49% ao ano, assim como o Banco do Brasil, para 9,74%, e o Bradesco, 11,40%. Todos os índices são do SFH e são somados à taxa referencial (TR). Na média do mercado, os menores juros são da Caixa Econômica Federal, de 9,33% ao ano.

Presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, Joaquim Ribeiro disse que o momento é animador para o mercado, porque as reduções consecutivas da Selic permitem que os bancos baixem as taxas para o crédito imobiliário. “A diminuição ocorreu rápido neste ano. Caiu quatro pontos percentuais, que é uma diferença muito significativa. A tendência é só de queda. Acredito que, até o fim do ano, as financeiras devem cobrar juros no patamar de 8% ao ano”, declarou.

A liberação do saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também cooperou com o setor. Além disso, os bancos têm mais garantia de que poderão tomar o bem do comprador se ele não conseguir pagar todas as parcelas do financiamento. “Vários fatores contribuíram para a melhora das taxas em 2017. Isso é ótimo para o mercado imobiliário. Eu acredito que neste ano o setor deve crescer entre 13% e 14% com a demanda”, afirmou.

Poupança

Outro motivo da queda das taxas é a maior entrada de recursos na poupança. De acordo com norma do Banco Central, as instituições financeiras precisam aplicar 65% do montante da caderneta no financiamento imobiliário. Neste mês, o investimento registrou o melhor junho em três anos, com a entrada de R$ 2,33 bilhões. Newton Marques, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), explicou que, com isso, os bancos têm mais liberdade para reduzir os juros. “O custo de captação menor acaba impactando positivamente o outro lado”, disse.

Nesta semana, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, criou uma linha de crédito para loteamentos urbanos, que financia até 70% do custo da infraestrutura, limitado a 50% do valor global de vendas. A expectativa é de abrir 70 mil vagas de emprego.

Cuidados

A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolce, disse ser necessário que os interessados observem os juros, mas também tenham atenção com as condições do financiamento antes de fazer a compra. “Essa composição envolve uma reflexão maior do consumidor, até porque é um contrato de longo prazo, e problemas podem acontecer. Se ocorrerem, quem compra será sempre a parte mais frágil da negociação”, disse.

Segundo ela, o primeiro passo para fazer a aquisição é simular o financiamento, que pode ser realizado em vários sites, inclusive no da Proteste. “Lá, é possível que a pessoa ache o que procura e tenha uma noção do que tem no mercado”, indicou Dolce.

O SFH emprega recursos das contas de poupança ou do FGTS no financiamento e na construção de imóveis. Já o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) rege os créditos que ocorrem fora das regras do SFH.
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