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Tecnologia pode ser aliada do corretor na hora de fechar negócio

A revolução tecnológica é vista pelo mercado imobiliário como parceira na negociação entre cliente e profissional

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postado em 07/08/2017 14:32 / atualizado em 07/08/2017 14:55 Augusto Pio /Estado de Minas
Reprodução/Internet/Bogoricin Prime

Uma dúvida surgiu recentemente na cabeça de muitas pessoas que lidam com o mercado imobiliário: “Será que os aplicativos e as tecnologias substituirão o especialista?”. Isso porque uma reportagem, feita por um veículo de economia, finanças e negócios, citava o lançamento de uma nova startup no mercado paulistano, a Hubbers Real Estate, o que gerou polêmica entre os profissionais atuantes no mercado imobiliário de todo o país.

De acordo com a matéria, a empresa, que promete ser a primeira imobiliária sem corretores, é inspirada nos modelos de inovação do Uber e do Airbnb. A proposta da startup é que o aplicativo substitua o corretor de imóveis em negociações imobiliárias, conectando, diretamente, vendedores e potenciais compradores. Porém, o novo empreendimento levantou discussões que envolvem, além da inovação, a legislação e o bem-estar do consumidor.

João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, diz que a presença física de especialistas do mercado em transações imobiliárias é fundamental - Giovana Louise/Divulgação João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, diz que a presença física de especialistas do mercado em transações imobiliárias é fundamental
Porém, João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, e também responsável pela fiscalização, regulamentação e ordenamento da profissão de corretor de imóveis, tranquiliza o mercado. “Gostaria de conscientizar os colegas corretores de imóveis de todo o Brasil a respeito dessa reportagem. Publicou-se que está surgindo uma nova modalidade de comercialização de imóveis, sem a presença do corretor. Por isso, queria tranquilizar os profissionais corretores de imóveis, porque o sistema Cofeci-Creci está atento e, imediatamente depois de tomarmos conhecimento da publicação, o Creci encarregado pelo estado de São Paulo, onde está localizada a sede da startup, foi acionado e já colocou a sua fiscalização para acompanhar o desenvolvimento do processo de instalação dessa empresa e apurar possíveis ilegalidades.”

O especialista esclarece que, para a abertura de qualquer nova unidade imobiliária, a empresa precisa, primeiro, obter o registro junto ao Creci. “Diante disso, ela tem o dever de obedecer aos parâmetros estabelecidos pela Lei 6.530, para o funcionamento, inclusive no que diz respeito ao atendimento aos clientes, que, de acordo com o artigo 3º, só pode ser feito por profissionais corretores de imóveis. Longe de acabar a polêmica discussão sobre os novos aplicativos do mercado imobiliário, a maior franquia imobiliária do mundo, presente em Minas Gerais, RE/MAX, se posicionou e reforçou a importância da presença física de especialistas do mercado em negociações e transações imobiliárias.”

CONTATO

A popularização da internet mudou, sim, os hábitos de compra do consumidor, não só no mercado imobiliário, mas em todos os setores da economia. Porém, na metodologia adotada pela RE/MAX, essa revolução tecnológica é vista apenas como aliada, e não como o foco principal dos negócios. “Não podemos negar que as pessoas hoje passam bastante tempo do dia olhando os smartphones, e com os clientes imobiliários não é diferente. Uma boa parte deles faz esse primeiro contato, de busca rápida, pelos sites e internet, mas, sem dúvida, a segurança para o fechamento de um negócio é conquistada por meio do atendimento pessoal do corretor com o cliente”, explica a executiva de marketing da empresa, Daiana Sampaio.

“Aplicativos e imobiliárias, como essas que estão repercutindo hoje no país, vão existir sempre. Mas nós, da RE/MAX, questionamos. Por mais que as tecnologias avancem, temos que saber usá-las como facilitadoras do trabalho e do contato com o cliente, e não como substituto dele. Acreditamos que nada conseguirá substituir o papel de um profissional corretor de imóveis”, ressalta Daiana.

“As tecnologias não são e nem devem ser uma preocupação hoje para o corretor atuante, e sim um desafio. Ele deve demonstrar ao cliente que é imprescindível nessa intermediação, estando sempre preparado e bem capacitado.”

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